Dor

13-8-2005
“As lembranças que eram tão doces agora surgem como fantasmas para me atormentar”
Sinto-me a caminhar sobre o fio de uma espada. A espada mais bem afiada do mundo… caminho de cabeça erguida, o peito inchado de orgulho, um orgulho gentilmente aparente, me parece… e caminho descalça, a sentir o fio da espada trespassar-me… parece-te doloroso? Não é não… o sangue morno, deixa em mim um conforto ténue, quando escorre demoradamente pela minha pele…derme, epiderme… então porquê tudo isto? Se há conforto, orgulho… onde busco toda a incerteza, todo o vazio? É do medo, sabes… medo que neste caminho tão fino, tão estreito… um pé meu fuja um milímetro do caminho… e então aí será o fim, virá o abismo e a queda mortal!
Madalena Rocha
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